legado de sustentabilidade

Morre Ana Maria Primavesi, referência mundial em agroecologia

Tainara Liesenfeld

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo pessoal
Ana Maria Primavesi é referência mundial em agroecologia e pioneira dos estudos no Brasil

Após uma vida inteira dedicada na luta por uma agricultura sustentável e inclusiva, a engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi faleceu na manhã deste domingo, aos 99 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Na tarde do mesmo dia, ela foi velada e sepultada  no Cemitério de Congonhas, em São Paulo.

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Quase centenária, a mulher que nasceu na Áustria e é referência mundial em agroecologia foi pioneira no assunto no Brasil e teve parte de sua história construída em Santa Maria. Em 1971, foi uma das fundadoras do programa de Pós-Graduação em Biodinâmica do Solo na Universidade Federal de Santa Maria. Neste mesmo período, começou a escrever o livro Manejo Ecológico do Solo, que é tido como um clássico da literatura agronômica.

Em sua homenagem, a área experimental, conhecida como área da Madame, na qual desenvolveu seus estudos, continua sendo lugar de experimentações científicas do Centro de Ciências Rurais. Também na UFSM, seu nome inspirou a primeira feira 100% orgânica da região central do Rio Grande do Sul que acontece semanalmente na universidade.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)
Feira Ana Primavesi, feira de produtos orgânicos na UFSM

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Para Ana Paula Rovedder, professora e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (Neprade), Ana Primavesi representa um momento histórico de renovação do debate científico na UFSM ao trazer as suas ideias europeias para a primeira universidade do interior do país. Além disso, deixa uma herança de empoderamento feminino, ao assumir o protagonismo enquanto mulher cientista.

_ Primavesi se traduz em um marco para a ecologia alicerçada na base científica que vai se transformar em uma prática consciente e inteligente de produção agroalimentar, de manutenção dos recursos produtivos e de convívio entre sociedade e natureza. Ela também deixa uma mensagem de incentivo a todas as jovens, meninas e mulheres que amam a ciência, que fazem ou querem fazer ciência_ ressalta a professora.

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